Definir o Comitê Gestor e traçar estratégias e ações de investimentos para a Caprinovinocultura foram os principais assuntos abordados na reunião sobre Cordeiros e Caprinos da Bahia, que aconteceu hoje (20), no auditório do Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (SETAF), em Juazeiro.
As discussões visam a busca de apoio para o fortalecimento do sistema produtivo, bem como apresentar aos produtores, técnicos e representantes de variadas organizações, como o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vai executar às estratégias que incluem assistência técnica e extensão rural (ATER), aumento da valorização dos produtos e melhorias na comercialização.
Wilson Dias, assessor técnico da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado da Bahia (Unicafes) e da Fundação Luís Eduardo Magalhães, destaca que o propósito do evento foi reestruturar a cadeia produtiva caprinovinocultura no estado da Bahia. “É um processo contínuo que acumula as ações que o estado e outras organizações vem fazendo para fortalecer esse sistema produtivo, mas que agora dá um salto de qualidade a partir de condições preestabelecidas como unidades frigoríficas, casa de rações e assistência técnica continuada”, afirma.
Para o Comitê Gestor, estão representantes dos governos estadual, municipal e federal, além de membros de organizações sociais. Para Adilson Ribeiro, presidente da Coopercuc, “durante esses dias, as ações para a caprinovinocultura foram estratégicas. Esse sempre foi um sistema esquecido, aqui é o pontapé de muitas coisas boas que vão acontecer, incluindo a caprinocultura leiteira e de corte”. Adilson ainda acrescentou a importância da organização da base produtiva para melhorias na comercialização. “A Coopercuc é uma entidade que participa dessas discussões há muitos anos e, ver hoje o fortalecimento primeiro na base e avançando até o comercial, é saber que agora a gente começou, esse foi o passo mais significativo para caprinovinocultura a nível de território”, comemora.
Segundo levantamento da cooperativa em 2022, a Coopercuc hoje atua na caprinocultura leiteira com 2.318 cabeças de caprinos, dessas 530 são classificadas como matrizes em lactação de 86 produtores. “Desde 2007 é feito esse trabalho com a caprinocultura de leite, mas foi tomando força a partir de 2019. Agora, com o laticínio da Comunidade de Testa Branca funcionando, temos uma equipe técnica voltada para os produtores de leite por meio de recurso ofertado pela CAR”, conta Wendell Pereira, Médico Veterinário da instituição.
O objetivo, agora, é trazer, para mais cooperativas e associações, por meio do planejamento traçado no evento, estruturas como salas de ordenha, casa de rações, locais de abates, dentre outros espaços que facilitem e fortaleçam a prática da caprinovinocultura no estado. A definição do Comitê Gestor para ação “Cordeiros e Cabritos da Bahia” e a organização do plano estratégico, foi o primeiro passo para continuação dos trabalhos de modo mais eficaz.