Na última quarta-feira (15), técnicos da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (COOPERCUC) estiveram presentes na fazenda Caldeirão dos Lalaus para prática de plantio com sementes de milho e feijão. A atividade é fruto da parceria com o Governo do Estado, através da BAHIATER, pelo projeto Ater Biomas. Na ocasião, esteve presente um grupo de agricultores familiares beneficiados.
A didática foi pensada com o objetivo de “aproveitar as chuvas em todas as comunidades, para distribuir entre os agricultores algumas poucas sementes como uma forma deles também estarem multiplicando, estarem fazendo esse trabalho em campo. Tradicionalmente, a nossa região é favorável para o plantio de milho e feijão, sabemos disso principalmente por já ser cultural das famílias esse plantio e é importante que a assistência técnica pense nisso e que leve para os agricultores e agricultoras formas mais práticas e eficazes de cultivo”, destaca o coordenador do setor de Ater, Egidio Trindade.
Para a educomunicadora e pedagoga da Coopercuc, Taiane Costa, essas ações são planejadas com a equipe para aproveitar o clima e associar às necessidades dos produtores.
“Nesse período de chuva, faremos, junto aos demais técnicos e agricultores, a reativação de algumas áreas para dar vazão a algumas sementes, fruto da parceria com o projeto Bahia Sem Fome. Além de entregar as sementes de milho e feijão, estamos realizando práticas agroecológicas para que a germinação seja mais ativa. É um meio de formação para a equipe técnica e demais agricultores presentes, são plantas muito benéficas e em consórcio elas se beneficiam mutualmente. Além dessas práticas, foram abordadas outras dicas como as curvas de níveis e cobertura de solo”.
Para Poliane Borges, agricultora familiar, ser acompanhada pela cooperativa através do projeto Ater Biomas é uma fonte de aprendizagem e destaca o que mais gostou na ação. “O que eu acho mais interessante é o técnico vir nos apresentar uma nova forma de plantio, um pouco diferenciada do que já estamos mais habituados, que é mais convencional. Achei interessante a quantidade de sementes usadas, o espaçamento (…) é uma novidade, uma técnica nova e, claro, vou colocar em prática de acordo com a minha realidade”, conta.
Marluce Gonçalves, presidente da associação da comunidade, refletiu sobre a importância da assistência técnica. “Através dessa parceria, eles desenvolvem vários projetos e a gente faz a articulação dos agricultores por saber que as famílias vão ser beneficiadas e precisam colocar em prática para ter uma colheita mais sustentável”.
Outras visitas estão previstas no planejamento de janeiro para que mais agricultores e comunidades recebam o suporte técnico de forma específica para o plantio, considerando as chuvas, melhores manejos e plantações adequadas para a época. Até o momento, em média, 20 famílias beneficiadas participaram das práticas.