A comitiva liderada pela equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural chegou à cidade de Apodi, Rio Grande do Norte, no dia 14 de novembro para auxiliar na implantação de duas áreas de AgroCaatinga. A agenda foi de iniciativa da L’Occitane, por meio da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá, a Coopercuc, junto a parceiros como a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (COOPES) e Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável (COOPAPI) e Instituto Incentivar. As atividades foram finalizadas no último sábado (18).
Devido aos resultados positivos nas áreas de AgroCaatinga realizadas pela Coopercuc em parceria com a L’Occitane, a equipe tem se deslocado junto a empresa para outras cidades. Dessa vez, a equipe foi até Apodi (RN) visando implantar duas áreas. Para conseguir realizar a entrega, foram 12 pessoas, incluindo técnicos e cooperados da cooperativa, que se juntaram aos parceiros em campo, somando em média 26 pessoas para mutirão.
Egidio Trindade, coordenador do ATER, destaca a importância de estarem ligados a instituições que também querem agregar conhecimento e trazer mais benefícios para os produtores. “Estivemos aqui entre instituições (…) é uma atividade que a gente vem fazendo há um tempo e que tem ganhado uma dimensão enorme. Através dessas parcerias, a gente difunde conhecimento, inclusive agora saindo da Bahia, pensando nessa técnica de AgroCaatinga, que é uma técnica que a gente desenvolve especificamente de Caatinga, de semiárido. Em breve esperamos trazer mais experiências”, pontua o engenheiro agrônomo.
Entre as cooperadas presentes na ação, esteve Joelma Gonçalves, da comunidade Serra da Besta, em Uauá, que destacou a sensação de mostrar um pouco do trabalho que realiza em sua área. “É um orgulho para mim porque é uma esperança que nós temos de que daqui a seis meses todo agricultor que faz esse trabalho em sua área colha o seu fruto saudável, sem agrotóxico. É um prazer estar aqui compartilhando essa experiência”.
Das duas áreas selecionadas para implantação, uma é propriedade do produtor Francisco Marto, na comunidade Córrego, em Apodi. “Eu tô vivendo uma nova experiência, uma troca de ideias de coisas que a gente não conhecia e que estamos adotando aqui na área. Eu já trabalhava orgânico e a forma do projeto também é nessa linha, então casou muito bem”. O agricultor destacou ainda a sua expectativa com relação à implantação. “Espero que a gente tenha bons resultados com as novas técnicas que aprendemos. Agora só resta esperar que as plantas estejam saudáveis e produzam da melhor forma”.
O grupo mostrou na prática todo processo de cuidado da terra e como as técnicas devem ser aplicadas visando obter resultados. “A gente veio aqui somar com eles o esforço de recuperar a terra para terem uma boa produção. Para mim é uma experiência muito gratificante porque a gente vai passando o pouco conhecimento que a gente tem e vai adquirindo mais das trocas de todas as outras pessoas (…) assim tem a oportunidade de ter outras variedades de culturas e alimentação também. Ter bastante coisa para colher”, conta Maria de Lourdes, da comunidade Ouricuri, Uauá.
“É através desses projetos que hoje é possível levar as dicas para outras cidades (…) a gente planta e daqui à gente colhe. Eu adoro esse projeto, hoje nós temos conhecimento e vamos botar o barco para frente”, ressalta a agricultora Maria Perpétua, cooperada da Coopercuc e parte do grupo que desenvolveu a atividade.
Durante a semana foi possível notar a importância da inclusão feminina nos projetos. Por exemplo, na ocasião cerca de 70% do grupo foi composta por elas. Além disso, geralmente, as áreas são cuidadas e acompanhadas por mulheres.
Entre as atividades realizadas nesse período estiveram as formações teóricas, a visita em um viveiro para coleta de mudas necessárias, implantação das duas áreas por meio do mutirão e participação na Feira de Arte e Cultura de Córrego (FACUC) que contou também com um curso ofertado pelos técnicos da equipe.
