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PRODUTO GRAVETERO COMPÕE CAIXA DA INOVAÇÃO EM 2023

A CAIXA

Promover a brasilidade, biodiversidade e inovações na área de alimentos são alguns dos objetivos de Cristina Leonhardt, a engenheira de alimentos conhecida como Sra Inovadeira e criadora da Caixa da Inovação. Em 2018, com o primeiro Horizonte Food, evento em que esteve à frente também para impulsionar esses temas, percebeu a necessidade de não só falar sobre os produtos, mas também trazê-los em formato de mesa da inovação. Esse foi o primeiro passo para o que se tornaria a Caixa conhecida atualmente.

Com essa curadoria para apresentação de produtos direcionada principalmente para pessoas na área de alimentos, a mesa da inovação “cresceu em tamanho, produtos e curiosidade”, conta Cristina. Em 2018, com a primeira edição, foram 27 pessoas presentes, em 2020 o número chegou a 450 com duas edições, realizadas nas cidades de São Paulo e Recife. Com a pandemia, foi preciso um ajuste: transformar toda essa ideia em um espaço virtual, mas que os produtos chegassem para os participantes. A Caixa da Inovação foi a solução ideal para a época e se mantém pela possibilidade de maior alcance do público, assim como as demais atividades virtuais.

Em busca de continuar falando sobre os processos de pesquisa e desenvolvimento, e como se faz inovação, mesmo com a reestruturação e com a abertura de uma nova empresa, a MANBU, existiu o desejo de manter essa criação. “A Caixa da Inovação para mim, como profissional, era algo que me emocionava também. Por exemplo, a oportunidade de falar de vocês, de descobrir produtos incríveis, de encontrar por meio do trabalho de curadoria, meio como um detetive, produtos que vão emocionar as pessoas, isso é uma coisa que eu gosto bastante, é um trabalho de pesquisa mesmo”.

Agora, em vez de parte de um evento, a Caixa tem destaque único. Com a curadoria e a possibilidade de aumentar a quantidade de produtos presentes, para este ano são cerca de 17 inovações, dentro das categorias definidas, que sejam encontrados pela Sra Inovadeira em feiras ou outros espaços físicos, visando conhecer melhor o produto e a empresa antes de incluí-lo nos escolhidos. As redes sociais também se tornaram aliados nesse processo.

A ESCOLHA DE UM PRODUTO GRAVETERO

Em junho de 2023, a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), esteve presente na Naturaltech, a maior feira de produtos naturais da América Latina. Foi por meio dessa participação que a Sra Inovadeira encontrou os produtos Gravetero. Muitos deles se encaixavam na principal característica da Caixa: o fácil armazenamento e a possibilidade de ser mantido em um local sem resfriar.

Na ocasião, a escolha foi pela cerveja artesanal de umbu, pela inovação com frutas nativas da Caatinga. Mas, com as conversas seguintes e disponibilidade dos produtos no tempo necessário, foi preciso mudar a representação. Quem adquiriu a Caixa da Inovação 2023, pôde conhecer mais da organização por meio do kit Caatinga, que contém 3 itens: a geleia de maracujá da Caatinga e a geleia e doce de umbu. Com frutas nativas da região e as principais beneficiadas na cooperativa.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO ENTREVISTA E FEEDBACK DO PÚBLICO

Principalmente direcionado ao público da área de alimentos, o projeto conta com uma experiência completa em que o cliente pode acompanhar a degustação virtual e tem acesso a vídeos com entrevistas onde os responsáveis apresentam todo produto e sua composição, tiram dúvidas e ajudam a entender os processos de criação de cada inovação.

Para o vídeo e entrevista, a participação foi de Leidiane Mendes, Engenheira de Alimentos da Coopercuc que, além da abordagem técnica e história do produto, conta também o que representa essa participação para a instituição. “A Caixa da Inovação e a Cristina (Sra Inovadeira) representa hoje, no Brasil, uma importância muito grande no ramo de desenvolvimento e inovação de alimentos. Então, essa curadoria que a Cristina faz, com o levantamento dos produtos inovadores, dentro da indústria de alimentos do país todo, nos faz sentir o quanto é gratificante a gente ver produtos da agricultura familiar, produtos de pequenos negócios dentro dessa Caixa”.

Durante a entrevista, a engenheira pôde também destacar alguns detalhes importantes que ligam o produto a história da instituição. “As embalagens são muito bonitas, costumamos dizer que são presenteáveis, que remete para a gente a arquitetura da indústria. Nesse caso, de Uauá, principalmente do interior, com as casinhas que representam as fachadas das comunidades, os produtos orgânicos são encontrados em um kit que a gente utiliza para mostrar os produtos da Coopercuc também como uma lembrancinha do bioma”.

Primeiro produto da agricultura familiar baiana a compor a caixa da inovação, o kit Caatinga, com geleias e doces de frutas nativas, foi bem recebido pelo público. A Isis Valle, responsável pela área de Inteligência Regulatória em Alimentos na Franklin da Costa Advogados & Consultores, falou sobre o quanto a caixa a surpreendeu positivamente. “Esperava que a inovação fosse ser sempre atrelada a novas tecnologias, processos produtivos cada vez mais complexos e exclusivos. É com isso que eu tenho mais contato na minha área de atuação. Eu trabalho com a solicitação de novos ingredientes nas listas positivas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), principalmente para uso em suplementos alimentares. Trabalho muito pouco com alimentos convencionais e foi um universo de possibilidades que se descortinou para mim”.

Apesar de estar presente no mundo da alimentação, os produtos do kit Gravetero foi uma novidade para Isis. “Eu ainda não conhecia nem a Coopercuc, nem os seus produtos. As geleias e os doces foram dos produtos que mais me surpreenderam na Caixa da Inovação”. Quanto aos sabores conta que é sempre clássica na escolha, mas foi aberta aos da caixa. “Quando vi “geleia de umbu”, “geleia de maracujá da Caatinga” e “doce de umbu”, confesso que já fiquei com pré-conceito. Achei que não iria gostar. Pois eu adorei! Que sabores ricos e marcantes e, ao mesmo tempo, delicados! As geleias com uma textura ideal para passar no pão, numa torrada, mesmo logo que saem da geladeira. E com uma translucidez linda! (…) O doce de umbu também tem um sabor rico e diferente do da geleia de umbu. A textura também é diferente. (…) É turvo e arenoso. No paladar, deu para perceber bem a diferença entre o doce e a geleia”.

Para ela, a presença de um produto da Agricultura Familiar na Caixa, ajuda no fortalecimento das conversas que destacam o valor desses produtos. “Achei sensacional itens da agricultura familiar estarem presentes na Caixa da Inovação. Quebra o paradigma de que inovação só se faz com altos investimentos tecnológicos e financeiros. Que inovação de verdade, sempre vem de fora do Brasil. E, se acontecer no Brasil, é só em São Paulo. Descobri que inovar também é valorizar o nosso bioma, nossos trabalhadores locais, nossas populações tradicionais. É muito fácil associar o sertão apenas com seca e carência. Pois as geleias e os demais produtos da Coopercuc vêm nos mostrar que o sertão tem muito para nos oferecer! Que temos que explorar sensorialmente os nossos sabores locais e resgatar e preservar os nossos biomas e nossas tradições brasileiras. Agora preciso encontrar esses produtos para comprar aqui em Brasília”, afirma Isis.

Com a Caixa da Inovação, mais de 400 pessoas tiveram acesso às inovações escolhidas pela curadoria para o ano de 2023. Além disso, para os que participam desse projeto, os produtos chegam ainda mais longe devido às divulgações em redes como o Instagram, LinkedIn e site da Sra Inovadeira. Uma ótima oportunidade de fortalecer a agricultura familiar e a sua representatividade chegando a diferentes espaços enquanto Cooperativa por meio da marca comercial Gravetero.