Na última semana, produtores dos municípios de Curaçá e Uauá, receberam a visita dos técnicos para acompanhamento por meio de uma formação. O objetivo foi orientar na ordenha higiênica com demonstrações práticas. Na ocasião, esteve presente também o médico veterinário da cooperativa, junto a mulheres e jovens envolvidos em atividades da caprinocultura leiteira.
Maria da Glória, uma das criadoras de caprinos na comunidade Caladinho, em Curaçá, relata essa como uma ação necessária para garantir também a qualidade do trabalho e entrega. “Participo do grupo de mulheres, onde a gente vem buscando melhorias nessa questão da criação, de tirar o leite. Com essa atividade realizada aqui na minha propriedade, com a equipe técnica e o médico veterinário, conseguimos aprender a melhorar o manejo do nosso rebanho. É um trabalho que a gente faz desde criança, mas não com os cuidados que agora sabemos que são necessários”, conta.
José Carlos, que reside no Sítio dos Loiolas, em Uauá, também recebeu o kit de higienização durante o treinamento. “Eu creio que vai melhorar bastante o nosso trabalho. Através desse kit, temos tudo para melhorar ainda mais a qualidade do nosso leite para podermos ter também produtos de qualidade no laticínio. Espero que todos coloquem em prática e não recue em nada, já que tudo que está sendo feito é para melhorar nosso produto e o desenvolvimento dos nossos produtores”.
A técnica e pedagoga da instituição, Taiane Costa, afirma que essas atividades são pensadas para ajudar quem está em campo a se manter dentro das normas e padrões de qualidade estabelecidos. “A gente vem aqui orientar e envolver todos os produtores nessa sensibilização, mostrando a importância de se adequar a esses novos métodos que levam em consideração a segurança alimentar por meio da qualidade do leite entregue pelas comunidades”.
Atualmente, as produções são entregues na Unidade de Beneficiamento de Leite de Cabra, localizada na comunidade Testa Branca, em Uauá. Com o laticínio, os cuidados ficaram ainda maiores pelo uso do laboratório e testagens constantes. José Willian, técnico e produtor rural, também participou da formação visto que é o responsável pela coleta do leite em algumas comunidades da região. “Com as análises em laboratório, conseguimos saber como está a qualidade de cada produtor. Essas formações e orientações dos técnicos, falando da limpeza e ordenha correta, ajudam diretamente na qualidade”.
“O nosso leite vai para o laticínio e tem que ter os cuidados necessários, estamos produzindo alimentos para outras pessoas. A gente sabe que o cuidado deve ser dobrado, fazer com gosto, com dedicação e eu, como mulher, me sinto muito orgulhosa em fazer parte desse grupo e nesse momento estou participando dessas atividades para ter uma boa qualidade”, relata Maria da Glória.
Com o acompanhamento da equipe de assistência técnica e extensão rural e resultados de análises realizadas em laboratório, é possível realizar melhorias nas atividades diárias realizadas pelos produtores junto ao seu rebanho que, consequentemente, interfere diretamente na qualidade do leite entregue para beneficiamento.
